A manchete do Estadão sobre os vetos apostos pela Presidente
Dilma Rousseff contém uma destas “jaboticabas”, as coisas que só acontecem no
Brasil.
É o que estabelecia a correção dos valores dos benefícios do
Bolsa Família em algo próximo de 16%.
Muito bom, muito bem, seria digno de aplauso.
Mas, espere….Não era lá no Congresso que queriam cortar o
orçamento do Bolsa-Família para arranjar o tal superávit fiscal?
Não era o Estadão que, há pouco mais de um ano, chamava o
programa de “Bolsa-Voto”?
A tática da maldade é disfarçar-se de bondade.
Como a dotação orçamentária para o Bolsa Família é fixa, o
que acontece quando se aumenta o valor do benefício?
Sim, como o valor total é o mesmo, menos benefícios poderão
ser pagos.
Logo, pessoas teriam
de ser desligadas do programa.
Mas o reajuste não seria correto? Seria, e seria também
desastroso.
Encher-se-ia mais o prato de uns, com todo o merecimento,
esvaziaria-se o de outro, sem a menor piedade.
O inimigo do bom, dizia minha santa avó, é o ótimo.
De “bem- intencionados”, dizia ela também, o inferno está
lotado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário