Por Fernando Brito
A direita brasileira, agora que seu pragmático amor por
Eduardo Cunha se tornou um estigma posto à sua testa, está de novo amor.
Em lugar do decaído Presidente da Câmara, que pôs em marcha
um processo de impeachment que o lamaçal
em que está metido seu autor deixou a manobra com evidente imundície e
exalando seu odor fétido, o coração tucano suspira por dois novos personagens: Gilmar Mendes e Dias
Toffoli.
Explica-se: os dois são as chaves da estratégia de continuar
mantendo em aberto o processo eleitoral de 2014 e, afinal, levar o PSDB ao
poder contra o voto da maioria do povo brasileiro.
Ontem à noite, quando o Estadão começou a circular,
tratou-se disso.
Hoje – e nada casualmente – a Folha embarca no tema.
Que, para não ser injusto, já há uma dezena de dias tinha
sido antecipado em O Globo.
(se você quer saber dos males de se ter um partido único,
pense na mídia brasileira)
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