Estava tão evidente a armação que este blog, assim que saiu
a notícia, mostrou que ela uma tola manipulação para colocar Dilma Rousseff
como “mentora” da indicação de Nestor Cerveró para a diretoria por razões
suspeitas.
Três dias depois, o próprio Estadão, que fez a patranha,
publica a parte do depoimento do ladrão
delator Fernando Baiano Soares onde este diz que Delcídio Amaral,
ex-chefe de Cerveró quando era Diretor de Gás da Petrobras, no Governo FHC,
quem indicou o colega de falcatruas.
A qual, aliás, não tinha à época nada de estranho: Cerveró
era funcionário da Petrobras há 20 anos e não tinha contra si qualquer suspeita
que se soubesse.
O conteúdo das gravações já deixava claro que Cerveró era
homem de confiança de Delcídio e o favorecia em negócios, o que é a razão do
senador procurar “razões humanitárias” para livrá-lo da prisão e mandá-lo para
o exterior.
E que Cerveró – no desespero que toma conta destes sujeitos
após saberem que, se não entregarem alguém acima deles, vão receber
condenações uma após a outra e, ao
contrário, se entregarem que o MP e Sérgio Moro querem, logo estarão em casa,
para gozar do que “sobrou” da fortuna surrupiada – armou uma ratoeira,
provavelmente orientado pela PF e pelo próprio Ministério Público, para
oferecer a cabeça do seu antigo padrinho pelo adorno de tornozelo com que
ficará livre.
Não vale a pena mais traçar juízos morais da prática
utilizada pela República do Paraná.
Mas deveria ser uma lição para os jornais usarem um pouco
mais a cabeça, com menos ânsia de “acertar” Dilma, para não serem desmentidos.
Não pela Lei do Direito de Resposta.
Mas por suas próprias manchetes.
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