A saída: fazer do limão uma limonada!
Por Antonio Delfim Netto
As votações dos deputados nas sessões da Câmara, nas últimas
semanas, foram aulas práticas sobre a psicologia humana. Confirmaram a velha
tese de Mencken (H.L.Mencken - "The Smart Set", 1919): "Ninguém
merece ilimitada confiança. Na melhor das hipóteses, a traição depende da
tentação suficiente".
É evidente que o alicerce que sustenta nossas crenças no
comportamento de qualquer grupo político é um fato histórico. É a observação do
seu passado que determina o que esperar dele no presente, uma vez que se supõe
que ele seja consequência de princípios e valores que os distinguem e fazem sua
diferença específica.
O comportamento da bancada do PSDB que, com uma única
exceção, votou pela rejeição dos vetos que Dilma aplicou, corajosamente, às
maluquices aprovadas pelos deputados, foi uma enorme frustração para a
sociedade brasileira e diminuiu a dignidade da atividade política! A quem
atendeu, afinal? À mesma plateia de sempre: uma minoria fortemente organizada
instalada em Brasília, que tem arrancado, sistematicamente, privilégios imorais
do ponto de vista republicano, que são pagos pela maioria difusa e impotente. MAIS
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