Por Fernando Brito
A foto aí em cima é da “Marcha com Jesus” promovida hoje no
Rio, publicada pelo jornal O Dia.
Jair Bolsonaro, Silas Malafaia e Magno Malta, o furibundo
senador.
Nada tenho contra evangélicos, entre os quais tenho grandes
amigos e convivi anos com a formação metodista de Brizola (sua mãe, Oniva, era
da Sociedade de Senhoras da Igreja Metodista de Carazinho e ele viveu dois anos
cuidado pelo reverendo Isidoro Pereira) e suas parábolas bíblicas.
Mas, a começar por Jesus, desvirtuar a fé em proveito
próprio, sempre foi condenado, ainda que também por outras confissões
religiosas.
Mas tudo tem limite. Claro que é legítimo a qualquer um,
políticos inclusive, irem a atos religiosos.
Outra coisa é fazer deles palanque.
Até porque é duvidosa a coerência de que diz respeitar
respeitar o “não matarás” e defende abertamente a pena de morte e tem uma
coleção de declarações como a que reproduzo abaixo:
“Deveriam ter sido fuzilados uns 30 mil corruptos, a começar
pelo presidente Fernando Henrique Cardoso”.
“Gastaram muito chumbo com o Lamarca. Ele devia ter sido
morto a coronhadas.”
“Pinochet devia ter matado mais gente.”
“Já vai tarde”. (quando morreu Luís Eduardo Carlos Magalhães, filho de
Antonio Carlos Magalhães (ACM)
Será que ele leu o que diz o homenageado da Marcha em Lucas
6:27-31
«Digo, porém, a vós que me ouvis: Amai os vossos inimigos,
fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que
vos insultam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te
tira a capa, não lhe negues a túnica. Dá a todo o que te pede; e ao que tira o
que é teu, não lho reclames. Assim como quereis que vos façam os homens, assim
fazei vós também a eles.»
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