Por Fernando Brito
Está no The Guardian, para que o nosso corporativismo médico
ficar com cara de tacho.
O National Health System do Reino Unido, um ultra-mega-SUS
num país em que a medicina privada é exceção, contratou, no ano passado, três
mil médicos estrangeiros.
Vieram de pelo menos 27 países, incluindo a Índia, Polônia,
Austrália e Grécia – e também do Iraque, Síria e Sudão.
Não que a coisa esteja muito bem por lá, não está.
As pressões, inclusive as dos médicos, para abrir o sistema
a uma maior presença das empresas médicas são grandes.
Desde Margareth Tatcher cortou verbas e mudou as regras
contratuais dos “GPs” (General Practitioner, o médico generalista por lá) elas
vêm se acentuando .
Mas a essência pública do sistema permanece e o médico não é
um “produto de mercado”, que tem seu preço específico.
E a “livre escolha” não é a regra, porque os médicos tratam
segundo protocolos e critérios que são comuns à toda medicina.
E, claro, a todo paciente, seja rico ou pobre.
Até porque eles são iguais, ao menos do ponto da fisiologia,
não é?
A ideia essencial da medicina privada não é a liberdade do
paciente.
É a liberdade do dinheiro.
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