Por Fernando Brito
Definitivamente – e apesar da Cúria Romana – o Papa
Francisco entrou na disputa por corações e mentes da qual a Igreja Católica
havia se afastado.
É obvio – a gente anda precisando dizer o obvio, do jeito
que as coisas andam – que o papa não é comunista. E não é também de nenhuma
“esquerda católica” militante.
Mas seu líder, hoje,
além de humanidade, tem a percepção de que o catolicismo se enfraqueceu.
Primeiro, na Europa, e nos últimos 20 anos, também no
Terceiro Mundo.
Vai enfrentar inúmeras dificuldades e resistências, mas sabe
que, sem isso, continuará o afastamento das grandes massas populares da fé
católica.
Sabe, também, que o espaço conservador, em grande parte, foi
ocupada pelo protestantismo e suas fortes raízes – e canais de financiamento –
norte-americanos.
Seu discurso, nos dias de hoje, provocaria tremores e
esgares de ódio em qualquer reunião de madames, no Brasil.
É bem provável, mesmo, que o achassem comunista. Ou
argentino, ou nordestino, ou “bovino”, como diz Diogo Mainardi.
Eu, apesar das minhas desavenças com Deus, estou achando é
divino.
Leiam a reportagem da Agência Ecclesia, de Portugal.
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