segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A HISTÓRIA DO DOLEIRO QUE A MÍDIA NÃO CONTOU

Por Miguel do Rosário

A mídia escondeu a verdeira história do doleiro.
Alberto Youssef foi condenado em 2004, pelo mesmo juiz Sergio Moro, do Paraná, por corrupção.
Segundo a Ação Penal movida contra Youssef, ele obteve um empréstimo de US$ 1,5 milhão, em 1998, numa agência do Banestado, banco público do Paraná, nas Ilhas Cayman.
No processo de delação premiada da época, Youssef confessou que internou o dinheiro no Brasil de forma ilegal, ao invés de fazê-lo via Banco Central.
Mas negou que tenha pago propina a um executivo do Banestado. Segundo o doleiro, a condição imposta para o Banestado liberar o dinheiro para sua empresa, a Jabur Toyopar, era fazer uma doação para a campanha de Jaime Lerner, do então PFL (hoje DEM), aliado do PSDB, para o governo do Paraná.
Doação “não-contabilizada”. Caixa 2.
A mídia nunca deu destaque a essa informação.
Alberto Youssef operava para tucanos e demos do Paraná desde a primeira eleição de Jaime Lerner, em 1994. Assim como operou também para FHC e Serra em 1994 e 1998.
O Banestado, um dos bancos mais sólidos do sistema financeiro do país, foi saqueado pelos tucanos na década de 90. Após devastarem as finanças da instituição, o PSDB, que governava o país, iniciou um processo de privatização cheio de fraudes.
O Banestado foi então vendido para o Itaú, pela bagatela de R$ 1,6 bilhão.
Existem acusações de que a privatização do Banestado gerou prejuízo de R$ 42 bilhões aos cofres públicos.
Mas tucanos podem tudo.
Depois de tanta roubalheira, o único condenado foi o mordomo, o doleiro Alberto Youssef, um homem de origem simples que ficou milionário operando para a elite tucana.
Mas a elite tucana é magnânima, e o juiz Sérgio Moro absolve o doleiro após um ridículo acordo de delação premiada, que não resultou em nada.

Este é o Sérgio Moro que a mídia chama de “duro”.

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