A “única estrela que o cinema francês teve” faz 80 anos este
domingo. Isolada em Saint-Tropez, vive a vida que diz querer viver, longe
daquela que deixou que o cinema filmasse. Em França, há quem celebre o mito por
não conseguir lidar com a realidade.
“Aos 80 anos vou ser diferente, acho”, disse um dia Brigitte
Bardot, nem 30 tinha. E aos 80, que se celebram este domingo, como vive “a
única estrela que a França teve”? “Não sou feliz, mas não sou infeliz”,
confessou no programaUn jour, une histoire, do canal de televisão France 2, que
lhe dedicou uma emissão especial na terça-feira, antecipando as celebrações
informais do aniversário “daquela que um dia chegou sensual, magnífica e
provocadora como um ovni na paisagem cinematográfica francesa, mas também na
sociedade”. É assim que o argumentista e realizador Jean-Max Causse explica o
mito BB no ciclo que lhe dedica a Filmothèque du Quartier Latin, em Paris — uma
retrospectiva de 11 filmes a pretexto do aniversário da actriz e do lançamento
de um novo livro, Mes as de coeur, com perfis de figuras que se dedicaram à
causa animal, a mesma que há décadas eclipsou “o desejo de liberdade” que a sua
chegada ao cinema encarnou.
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