por Rodrigo Vianna
Marina Silva, em crescimento vertiginoso segundo todas as
pesquisas(bobagem achar que estejam todas erradas), não é um raio em céu azul.
Não é um acidente de percurso.
Ela representa a restauração conservadora. Ela oferece um
rosto para a “não-política” que explodiu em junho de 2013. Mas que vem de
longe…
Como já escrevi aqui, Marina tem uma trajetória respeitável
e em muitos momentos lutou contra as injustiças no Brasil. Mas quem conhece
meia dúzia de livros de História sabe que os indivíduos nunca são aquilo que
gostariam ou que afirmam ser. Muitas vezes, no meio do turbilhão da história,
acabam por cumprir um papel em tudo diverso do que haviam reservado para si
mesmos.
Marina pode bater no peito e dizer: “sou o novo”. Não é.
Infelizmente, ela cumpre nessa eleição, nesse momento histórico, um outro papel.
“Marina, tu costeaste o alambrado”, diria o velho Brizola. Costeou o alambrado,
passou para o outro lado. Assumiu o programa do desemprego tucano, virou um
cruzamento “exótico” de FHC com o pastor Malafaia.
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