quinta-feira, 4 de setembro de 2014

MARINA SILVA: O QUE ELA REPRESENTA?

por Rodrigo Vianna

Marina Silva, em crescimento vertiginoso segundo todas as pesquisas(bobagem achar que estejam todas erradas), não é um raio em céu azul. Não é um acidente de percurso.

Ela representa a restauração conservadora. Ela oferece um rosto para a “não-política” que explodiu em junho de 2013. Mas que vem de longe…

Como já escrevi aqui, Marina tem uma trajetória respeitável e em muitos momentos lutou contra as injustiças no Brasil. Mas quem conhece meia dúzia de livros de História sabe que os indivíduos nunca são aquilo que gostariam ou que afirmam ser. Muitas vezes, no meio do turbilhão da história, acabam por cumprir um papel em tudo diverso do que haviam reservado para si mesmos.


Marina pode bater no peito e dizer: “sou o novo”. Não é. Infelizmente, ela cumpre nessa eleição, nesse momento histórico, um outro papel. “Marina, tu costeaste o alambrado”, diria o velho Brizola. Costeou o alambrado, passou para o outro lado. Assumiu o programa do desemprego tucano, virou um cruzamento “exótico” de FHC com o pastor Malafaia.

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