Por Fernando Brito
Imaginem se um candidato ou candidata, ou um jornalista,
perguntasse hoje, no debate dos presidenciáveis, com toda a gentileza e urbanidade:
- Candidata Marina Silva: a Folha de S. Paulo divulgou hoje
um contrato de compra apócrifo do avião em que a senhora e Eduardo Campos
faziam a campanha. A senhora disse que o avião teria sido emprestado à chapa
que a senhora integrava como vice. O PSB agora diz que o avião foi doado. A
senhora estaria disposta a determinar que, amanhã, que é o dia da segunda
prestação de contas à Justiça Eleitoral, o PSB apresente à imprensa todos os
contratos, recibos e demais comprovantes desta operação, seja ela de empréstimo
ou de doação? Estes e, também, os comprovantes de pagamento dos pilotos, dos
abastecimentos, dos hangares onde ficou o avião?
Assim, no más, como dizem os gaúchos.
Sem nenhuma acusação, nenhum juízo prévio, apenas com fatos.
Eu devo ser, de fato, um camarada muito antiquado.
Do tempo em que debate era muito mais que apresentar uma
falinha articulada em lugares comuns.
Mas que colocasse os candidatos diante de realidades e de
opções.
Vamos falar de quem interessa, porque tirando Eduardo Jorge,
que tem mais coragem que coerência, o resto não conta.
Aécio provou que virou um nada, e conseguiu tomar até um
direto no queixo de Dilma na questão dos investimentos na mobilidade urbana em
Minas.
Marina é uma coleção de evasivas, frases feitas e
senso-comum.
E Dilma, preocupada em ser técnica, deixando passar as bolas
quicando na sua frente.
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