Por Wilson ferreira
Militantes do PSDB posando para fotografias ao lado de um
display de papelão do candidato Aécio Neves em tamanho real na convenção do
partido e um jornalista que confundiu o sósia do Felipão com o verdadeiro. Qual
a secreta conexão entre esses dois episódios? O estranho desejo humano de
querer ser enganado. E a filosofia da percepção e a neurologia podem explicar isso.
Por que pacientes que sofriam de afasia global e agnosia tonal ridicularizaram
um discurso na TV do presidente Ronald Reagan em 1985 enquanto os receptores
normais o consideravam um “grande comunicador”? Talvez o caminho seja entender
a natureza das “imagens-afecção” e a solução do enigma do porquê demoramos meio
segundo para ter consciência das decisões que o nosso próprio cérebro teve. A
contra-tática para combater a canastrice na política pode estar nas mão dos
filósofos da percepção como Brian Massumi e em neurologistas como Oliver Sacks.
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