Presidente do STF rechaça o tratamento VIP que as Organizações Globo lhe destina desde o dia 2 de agosto de 2012; entre o início do julgamento da AP 470 até os choques atuais com jornalistas de O Globo e da revista Época, Joaquim Barbosa brilhou em todas as mídias chefiadas por João Roberto Marinho; ganhou prêmio de personalidade do ano; agora, movimento de independência dele vem na forma de representação criminal por racismo e dura carta pública; Barbosa provou que submissão não faz parte do seu repertório; será que só a Globo não sabia?
26 DE MARÇO DE 2014 ÀS 16:58
Textos feitos por dois jornalistas da casa global, no
entanto, fizeram Barbosa perder sua paciência – que nunca foi grande. O que não
se podia prever, especialmente pelos primeiros tempos de doce lua-de-mel, era
que a fúria de Barbosa contra o que pode ter considerado ser uma tentativa de
submissão seria tão forte.
Em relação ao jornalista Ricardo Noblat, de O Globo, não
parece estar, de maneira nenhuma, para brincadeiras. Com todo o peso
correspondente a um presidente do Supremo, ele entrou com representação
criminal contra o profissional por racismo. As penas são pesadas. Ele pode se
contentar com um simples retratação para o artigo , no qual se sentiu atingido,
mas, por enquanto, não dá mostras de que pretende deixar barato, como se diz.
Sobre Diego Escosteguy, diretor da revista Época em
Brasília, Barbosa lançou uma carta de protesto que mal abriu espaço para o
posterior pedido de desculpas feito pelo jornalista. Não satisfeito em apontar
erros e corrigir informações, o ministro questionou a ética da publicação.
Com os dois movimentos, o presidente do STF deixou para trás
um passado que incluiu o prêmio de Personalidade do Ano de 2012, cujo troféu
lhe foi entregue pelo próprio João Roberto Marinho. Além de lembranças sociais,
Barbosa sempre foi brindado com o tratamento de herói na cobertura novelizada
que a Globo fez do chamado processo do mensalão do PT. Em troca, as
Organizações poderiam esperar que ele se submetesse, calado, a um ou outro
momento mais baixo da convivência entre seus veículos e o personagem. Mas
submissão não faz parte do reportório do ex-herói. COMENTÁRIOS
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