Ela foi diagnosticada com câncer na mandíbula, mas tumor era
benigno.
Reconstituição deve custar mais de US$ 1 milhão.
Por dez anos a ucraniana Lessya Kotelevskaya pensou que era
paciente terminal de câncer. Ela havia sido diagnosticada por conta de um tumor
em sua mandíbula. Fez radioterapia e ficou com uma abertura em seu rosto, que
expõe dentes e ossos. Não tinha dinheiro para pagar o tratamento de correção.
Foi deixada pelo marido e teve que criar seu filho sozinha. Passou a viver
isolada em um porão de uma lavadora de carros do Cazaquistão.
Hoje ela está nos Estados Unidos e espera para realizar uma
cirurgia de reconstituição do rosto deformado. No ano passado, Lessya foi
encontrada por um primo com o qual não tinha mais contato. Ele a levou a
médicos da Ucrânia. Após uma bateria de exames, concluíram que o tumor que
mudou a sua vida não era maligno. Então seu primo a levou aos EUA para buscar
ajuda.
Jarrod Little, cirurgião plástico norte-americano, e a
Universidade de Louisville decidiram ajudar Lessya com o processo de
reconstituição de seu rosto. Com doação de mais de US$ 1 milhão, o tratamento
inclui diversos meses de cirurgia para reconstruir parte de sua mandíbula, boca
e bochecha.
Primeiro, Jarrod Little pretende colocar um balão sob a pele
do pescoço de Lessya, para expandi-la e mais tarde cobrir o buraco de seu
rosto. Em janeiro do ano que vem, Lessya deve ser submetida a cirurgia que
removerá quase metade de sua mandíbula e a substituirá com um pedaço de osso de
sua perna.
“Esse é o meu maior desejo de todos esses anos, que eu tenha
um rosto normal, coma e viva como qualquer pessoa”, disse a ucraniana ao
"The Courier-Journal". Com dificuldade para abrir a mandíbula, Lessya
mal consegue comer, beber e falar. Aos 30 anos, ela pesa apenas 36 quilos.
Depois de curada, Lessya quer estudar enfermagem e se tornar
cidadã dos Estados Unidos, onde seu primo mora, para recomeçar sua vida.
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