À frente da Secretaria Nacional da Aviação Civil, o ministro Wellington Moreira Franco, indicado pelo PMDB para o cargo, defende um edital para a concessão do Aeroporto do Galeão (RJ) sob medida para a construtora Odebrecht, do empreiteiro Marcelo Odebrecht; detalhe: Pedro Moreira Franco, filho do ministro, é diretor da Foz do Brasil, empresa de saneamento do grupo; outro detalhe: o ministro ajudou a Foz a receber uma bolada do FI-FGTS; relação promíscua foi denunciada ontem pelo jornalista Jânio de Freitas
247 - "Moreira Franco é uma das presenças mais inexplicáveis no governo. E esse inexplicável duplicou com a sua mudança da já imprópria Secretaria de Assuntos Institucionais para a de Aviação Civil. Se a anterior lhe era descabida, da segunda a sua habilitação não está à altura nem de aviãozinho de papel", escreveu ontem o jornalista Janio de Freitas, a respeito da presença do ex-governador do Rio de Janeiro, filiado ao PMDB, no governo da presidente Dilma (leia mais aqui).
À frente da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Moreira Franco é responsável pelo projeto de concessão dos aeroportos e os próximos da fila são o Galeão, no Rio de Janeiro, e o de Confins, em Minas Gerais. Estranhamente, os editais dessas licitações limitam a concorrência, ao impedir que grupos que participaram de disputas anteriores, como as de Brasília e Campinas, entrem nos novos leilões. Com menos competição, o governo arrecadará menos. No entanto, Moreira Franco levanta a tese que o modelo dos leilões impede monopólios privados, como se o passageiro que toma um avião no Rio de Janeiro pudesse optar por voar de Brasília, por exemplo. MAIS
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