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Algumas considerações sobre a pesquisa Datafolha
registrando queda de popularidade de Dilma Rousseff.
Foi uma bela queda, mas Inês não é morta.
O que ocorreria se o Datafolha incluísse em sua
pesquisa a avaliação sobre outros personagens da política: Geraldo Alckmin,
Antônio Anastasia, Sergio Cabral, PT, PSDB, Aécio Neves, Congresso, STF? Todos
registrariam queda similar. Foi o mundo político que desabou, não apenas um
personagem ou outro. Obviamente, o personagem maior - a presidente - está
exposta a desgaste maior.
Esta semana, pesquisa similar ao da Datafolha –
contratado por um grupo de empreiteiras – revelou o seguinte:
1.
Queda de Dilma e Alckmin, Dilma um
pouco mais, Alckmin um pouco menos.
2.
Queda expressiva tanto do PT quanto
do PSDB. Incluindo aí o presidenciável Aécio Neves.
3.
Quem ganha são apenas Marina Silva,
que sobe um pouco e Lula, que sobe mais – tanto na avaliação pessoal quanto do
seu governo.
Chama atenção, no entanto alguns aspectos da
pesquisa Datafolha:
1.
Mesmo tendo desabado, os índices de
Dilma ainda são positivos. A maior parte dos que saíram do campo do ÓTIMO e BOM
migrou para REGULAR. Agora, são 25% de RUIM e PÉSSIMO – um salto expressivo,
ante os 9% da última pesquisa. Mas são 43% de REGULAR e 30% de ÓTIMO e BOM.
2.
O Datafolha omitiu a aprovação pessoal
de Dilma. Como existe proporcionalidade entre a nota e a aprovação, analistas
estimam que possa estar entre 55% e 58%.
3.
Em relação aos passos pós-crise, dois
pontos a favor de Dilma. Em relação ao comportamento de Dilma frente aos
protestos, 26% avaliaram como RUIM e PÉSSIMA contra 32% de ÓTIMA ou BOA e 36%
de REGULAR. E 68% aprovaram a ideia do plebiscito.
Em suma, a bola continua com Dilma. Passado o
impacto emocional das passeatas, sua maior ou menor aprovação dependerá de seus
próximos passos. Se conseguir reestruturar seu governo e dar provas maiúsculas
de melhoria de gestão e de interlocução, supera o momento. Se não conseguir,
seu governo irá se arrastar até as eleições.
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