A uma plateia de sindicalistas, ex-presidente disse que mídia tradicional nunca quis eleições diretas para presidente da República; ao abrir comemorações de 30 anos da Central Única dos Trabalhadores, em São Paulo, Lula defendeu uma mídia própria dirigida pelos "do andar de baixo"; "Por que não organizamos o nosso pensamento coletivo?", perguntou, sob aplausos; TV dos Trabalhadores, da CUT, está recebendo novos investimentos; movimento, sem dúvida, despertará mais críticas sobre chefe petista nos chamados jornalões
27 DE FEVEREIRO DE 2013 ÀS 11:29
247 – Bem humorado e iniciando um discurso com histórias para "aliviar a alma", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas à mídia tradicional durante evento de lançamento dos 30 anos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) nesta quarta-feira 27, em São Paulo. Em sua avaliação, os movimentos sindicais precisam parar de reclamar por não terem saído no jornal, nem ganhado destaque na mídia. "Esses formadores de opinião pública defenderam a ditadura", disse Lula.
O ataque prosseguiu: "Essa gente nunca quis que houvesse eleições, só publicaram os protestos da Diretas Já quando já havia 300 mil nas ruas, só publicaram quando já estávamos na rua", disse o ex-presidente. Segundo ele, o ideal é que se formasse um pensamento coletivo em relação à mídia, ao invés de cada um dizer o que pensa separadamente. Dessa forma, seria criada a mídia dos "do andar de baixo".
"Por que a gente não começa a organizar a nossa mídia? Ao invés de cada um ficar falando o que pensa, por que não organizamos um pensamento coletivo? Nós podemos fazer isso", defendeu, num discurso entrecortado por aplausos. Em mais uma provocação à imprensa, o petista disse ainda que muitas vezes são realizados protestos da sociedade ignorados pelo grandes jornais, mas que "quando é contra o governo, sai". MAIS
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