BRASÍLIA – Eram 15h17, quando o locutor da Presidência da República anunciou a uma platéia de mil pessoas à chegada, ao Salão Nobre do Palácio do Planalto, da presidenta Dilma Rousseff e do presidente Lula. Fazia um ano e 23 dias que o ex-metalúrgico ouvira aquelas palavras oficiais pela última vez. Desde que passara a faixa à sucessora, só tinha ido ao local em março de 2011, para o velório do seu ex-vice, José Alencar, ocasião fúnebre, sem anúncios de microfone.
Nesta terça-feira (23), porém, o clima era bem diferente. Lula reencontrou o Planalto para um ato alegre e festivo, no qual foi, simbolicamente, buscar o pupilo Fernando Haddad, que se despediu do ministério da Educação depois de seis anos e meio para disputar, graças a articulações do ex-chefe, a prefeitura de São Paulo em outubro.
Lula desceu a rampa interna do Planalto que leva do andar do gabinete presidencial até o Salão Nobre tendo Dilma ao lado e um chapéu preto na cabeça, a encobrir a careca que o tratamento contra o câncer lhe deu. Foi recepcionado pela platéia com aplausos e o velho canto “Ole, ole, ole, olá, Lula, Lula”.
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