Em ritmo de contagem regressiva para as convenções partidárias, o PSDB de José Serra e o PT de Dilma Rousseff entram no mês de junho fixados em objetivos distintos.
O tucanato considera essencial devolver Serra à posição de líder nas pesquisas. O petismo elegeu como prioridade a conclusão dos acertos com o PMDB.
Ou seja, o grupo de Serra volta-se primordialmente para o público externo. O de Dilma, para as costuras políticas internas.
No QG de Serra imagina-se que a ansiada “reação” virá graças à superexposição do candidato na TV.
A coisa é coordenada pelo marqueteiro Luiz Gonzalez, a serviço do PSDB. Serra já estrelou o programa partidário do DEM, na semana passada.
Em junho, vai protagonizar também os programas do PPS e do PSDB. Dez minutos cada um.
Subsidiariamente, também o PTB, última legenda a ensaiar a adesão a Serra, planeja levar o candidato à sua convenção para, depois, exibi-lo em rede nacional na TV.
Os operadores de Serra atribuem o crescimento de Dilma à vitrine que o PT abriu para ela na TV. E dão de barato que ocorrerá o mesmo com Serra. A ver.
Quanto ao PT, que já gastou toda a munição eletrônica de que dispunha na fase de pré-campanha, a prioridade passou a ser o acerto com o PMDB.
Meio caminho já foi trilhado com a quebra das resistências à presença de Michel Temer na chapa de Dilma. Há, porém, detalhes por acertar.
A maior encrenca continua sendo Minas Gerais. O apoio do PT à candidatura de Hélio Costa é apresentada pelo PMDB como pré-condição para o acerto nacional.
Embora já tenha se rendido à lógica do palanque único, Fernando Pimentel, do PT, ainda não abriu mão de encabeçar a coligação mineira.
A arenga persiste a despeito de PMDB e PT terem fixado o próximo final de semana como prazo limite para a obtenção do acordo mineiro.
O PT tomou uma precaução. Agendou para 11 de junho, véspera da convenção do PMDB, uma reunião de seu diretório nacional.
Nesse encontro, o partido de Lula fará o que tiver de ser feito para assegurar que, no dia 12, o PMDB aprove, em termos finais, o apoio a Dilma.
No limite, informam dirigentes petistas, o PT federal ordenará que seus diretórios estaduais, sobretudo o de Minas, se submetam à lógica nacional.
O PSDB também tem uma aresta interna a resolver. Envolve a escolha do vice de Serra. Passa por entendimentos com o DEM, que se julga dono da vaga.
Nos próximos dias, tucanos e ‘demos’ tratarão do tema em conversas reservadas. Mas já não atribuem à matéria tanta urgência. Erro.
Do ponto de vista legal, não há óbice para que Serra saia da convenção tucana, marcada para 12 de junho, sem um vice.
Nada impede que a definição seja empurrada para a convenção do DEM, que ocorrerá em 28 de junho. Porém...
Porém, diferentemente do que imaginam os sócios majoritários da candidatura Serra, a ausência do vice continuará frequentando o noticiário como um problema.
Escrito por Josias de Souza às 23h34
O tucanato considera essencial devolver Serra à posição de líder nas pesquisas. O petismo elegeu como prioridade a conclusão dos acertos com o PMDB.
Ou seja, o grupo de Serra volta-se primordialmente para o público externo. O de Dilma, para as costuras políticas internas.
No QG de Serra imagina-se que a ansiada “reação” virá graças à superexposição do candidato na TV.
A coisa é coordenada pelo marqueteiro Luiz Gonzalez, a serviço do PSDB. Serra já estrelou o programa partidário do DEM, na semana passada.
Em junho, vai protagonizar também os programas do PPS e do PSDB. Dez minutos cada um.
Subsidiariamente, também o PTB, última legenda a ensaiar a adesão a Serra, planeja levar o candidato à sua convenção para, depois, exibi-lo em rede nacional na TV.
Os operadores de Serra atribuem o crescimento de Dilma à vitrine que o PT abriu para ela na TV. E dão de barato que ocorrerá o mesmo com Serra. A ver.
Quanto ao PT, que já gastou toda a munição eletrônica de que dispunha na fase de pré-campanha, a prioridade passou a ser o acerto com o PMDB.
Meio caminho já foi trilhado com a quebra das resistências à presença de Michel Temer na chapa de Dilma. Há, porém, detalhes por acertar.
A maior encrenca continua sendo Minas Gerais. O apoio do PT à candidatura de Hélio Costa é apresentada pelo PMDB como pré-condição para o acerto nacional.
Embora já tenha se rendido à lógica do palanque único, Fernando Pimentel, do PT, ainda não abriu mão de encabeçar a coligação mineira.
A arenga persiste a despeito de PMDB e PT terem fixado o próximo final de semana como prazo limite para a obtenção do acordo mineiro.
O PT tomou uma precaução. Agendou para 11 de junho, véspera da convenção do PMDB, uma reunião de seu diretório nacional.
Nesse encontro, o partido de Lula fará o que tiver de ser feito para assegurar que, no dia 12, o PMDB aprove, em termos finais, o apoio a Dilma.
No limite, informam dirigentes petistas, o PT federal ordenará que seus diretórios estaduais, sobretudo o de Minas, se submetam à lógica nacional.
O PSDB também tem uma aresta interna a resolver. Envolve a escolha do vice de Serra. Passa por entendimentos com o DEM, que se julga dono da vaga.
Nos próximos dias, tucanos e ‘demos’ tratarão do tema em conversas reservadas. Mas já não atribuem à matéria tanta urgência. Erro.
Do ponto de vista legal, não há óbice para que Serra saia da convenção tucana, marcada para 12 de junho, sem um vice.
Nada impede que a definição seja empurrada para a convenção do DEM, que ocorrerá em 28 de junho. Porém...
Porém, diferentemente do que imaginam os sócios majoritários da candidatura Serra, a ausência do vice continuará frequentando o noticiário como um problema.
Escrito por Josias de Souza às 23h34
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