MARIA TERESA
Antonio Lopes
Maria Teresa – mãe preta esquecida
Dos homens, das glórias, dos sonhos, de Deus! –
Você é a mais triste tristeza da vida
E os prantos mais tristes da vida são seus!
Dormindo na rua, sem pão, sem guarida,
Distante das lutas dos loucos proteus,
Você traz nas faces – a tela querida
Mostrando o calvário infinito do adeus.
Quem sabe, velhinha, se, à porta fechada,
Em cujo batente eu a vejo sentada,
Não lhe ouve o queixume a feliz natureza?!
No entanto, impassível, a gente perpassa,
Seus trapos fitando com ar de chalaça...
Mãe preta esquecida – Maria Teresa!
- Do livro “Vozes Perdaidas”, do príncipe dos poetas feirenses...
Dos homens, das glórias, dos sonhos, de Deus! –
Você é a mais triste tristeza da vida
E os prantos mais tristes da vida são seus!
Dormindo na rua, sem pão, sem guarida,
Distante das lutas dos loucos proteus,
Você traz nas faces – a tela querida
Mostrando o calvário infinito do adeus.
Quem sabe, velhinha, se, à porta fechada,
Em cujo batente eu a vejo sentada,
Não lhe ouve o queixume a feliz natureza?!
No entanto, impassível, a gente perpassa,
Seus trapos fitando com ar de chalaça...
Mãe preta esquecida – Maria Teresa!
- Do livro “Vozes Perdaidas”, do príncipe dos poetas feirenses...
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