quarta-feira, 8 de julho de 2020

O CHARLATÃO CONTUMAZ


Por Fernando Brito

Em propaganda, é conhecida como “testemunhal” a peça que se serve de uma personalidade conhecida para dar credibilidade a um produto. Portanto, o vídeo de Jair Bolsonaro tomando um comprimido de hidroxicloriquina pode ser considerado, na prática, como um “comercial” do suposto “remédio” para a Covid-19.

Não é a primeira vez que Bolsonaro se presta a este papel. Anos atrás, também contra todos os indicadores científicos, fez campanha – e um projeto de lei – para que a fosfoetanolamina, aquela “pílula do câncer” que, anos atrás, iludiu tantas pessoas de boa-fé e apiedadas de quem sofria com a doença.

Ao dizer que “eu confio na hidroxicloroquina, e você?”, Bolsonaro está claramente praticando o crime de charlatanismo, prometendo meio de cura sem capacidade para isso.

Mas ninguém mais liga para isso, de tão acostumados que estamos à insânia presidencial.

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