Por Fernando Brito
Vai dar um reboliço a notícia publicada pela Veja sobre –
provavelmente sem consequências práticas – a ofensiva da Receita Federal contra
atores e atrizes contratados pela Rede Globo como pessoas jurídicas (o que
abrange quase todos os de primeira linha).
A razão do contrato como PJ são as vantagens dos dois lados:
a emissora não recolhe direitos trabalhistas e os contratados pagam muito menos
Imposto de Renda: 15% ou menos, dependendo do enquadramento da “empresa”,
contra os 27,5% dos demais trabalhadores com os mesmos níveis salariais (na
verdade, mesmo os de remuneração muito menor).
É distorção tolerada há três décadas mas a ação fiscal agora
tem cara e focinho de retaliação do Governo Bolsonaro à Globo, no couro dos
contratados globais.
O problema é que isso não ficará, se for adiante, restrito
aos “artistas”.
Na Globo e fora dela, o expediente serve para quase todos os
colunistas dos grandes jornais e para os apresentadores de todas as redes de
televisão.
Ou será que vai ser só com “galã de novela” e não com os
maiores “galãs” da opinião pública, como William Bonner e Luciano Huck, que são
milionárias “pessoas jurídicas”?
E o Galvão Bueno, vai sentir? “Diga lá, Tino….”
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