Por Mariana Nassif
Que ela não pergunte mais a Iansã sobre o paradeiro de Ogum,
pois isso ofende; que não cante os encantos de Oxum nem sua relação com as
águas doces; que deixe pra lá as festas do Tempo e do vento, que não vista
branco em louvor à Oxalá; que não fale sobre negritudes, pois a casa grande se
incomoda com tudo aquilo que foge do convencional, especialmente aquilo que é
preto.
Calem também as vozes de Bethânia, essa declaradamente
apaixonada por nossa mãe Oyá; que não cite mais as borboletas como elementares,
que deixe pra lá sua ligação com os raios e as tempestades; que cale,
especialmente, sua liberdade de expressar.
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