Equilibrado entre catolicismo e candomblé, sambista que se preze ignora as contradições entre as duas religiões para comemorar o feriado de São Jorge, no Rio de Janeiro, neste 23 de abril. O santo, que virou representação do orixá Ogum quando a Coroa Real proibiu a adoração de deuses das religiões afrodescendentes, "sambou" para atravessar seis séculos e se tornar exemplo de tolerância religiosa num calendário laico, mas que só dá folga em homenagem aos representantes da Igreja.
"É o único feriado inter-religioso, porque todos os outros são ortodoxos sobre o catolicismo. Como umbandistas e espíritas o consideram o deus Ogum, São Jorge acaba tendo uma aceitação maior, não só dentro do catolicismo. Ele representa a metáfora do combate ao mal, representado pelo dragão", explica o coodenador de Teologia à Distância da PUC-Rio, Frei Isidoro Mazzarollo.
No mundo do samba, o culto ao santo dá uma das mais claras demonstrações deste sincretismo — isto é, da mistura entre concepções religiosas. MAIS
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