Tempos idos
Há 20 anos
Jânio Rego, Stela e o “Beco da Energia”
Dona do mais disputado Cabaré do
“Beco da Energia” a velha Stela morreu em 1999.
Não comemorou a chegada do novo milênio como era seu desejo.
Mulher baixinha, mirrada, mas respeitada
por todos, passou a ser personagem constante nas crônicas do jornalista Jânio
Rego.
Entre as muitas estórias ainda
lembradas no beco, contam que sempre que um liso, sem dinheiro, entrava no seu
cabaré ninguém se encostava à mesa, pois Stela começava a cantar uma letra, sem
música, algo como “nada como um dia após o outro”.
Mas quando o cliente era um
gastador potencial, as meninas da casa cercavam a vítima como afagos e agrados,
pois a experiente, a velha dona do “castelo” começava a cantarolar voz alta:
- Tudo certo, como dois e dois
são cinco...
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