quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

POR UM PAÍS DE BISCATEIROS


Por Fernando Brito

Mostra a Folha que, ontem, diante dos deputados do DEM, Jair Bolsonaro explicitou o que, para ele, deverá ser o futuro do trabalhador brasileiro.

“… sei que (o regime de relações de trabalho) está engessado o artigo sétimo [da Constituição], mas tem que se aproximar da informalidade”.

O artigo sétimo, para quem não lembra, lista o que são “direitos dos trabalhadores urbanos e rurais”, esta “aberração” que, desde 1930, comunistas como Getúlio Vargas vêm impondo ao oprimido patronato brasileiro.

Chegamos ao absurdo, conforme Bolsonaro, de um empresário não poder chantagear seus funcionários com a perda do emprego, para que votem em um determinado candidato. Ele, naturalmente.

“Luciano Hang da Havan, de Santa Catarina, está com uma multa de 100 milhões de reais porque ele teria aliciado, obrigado os funcionários a votar em mim”, diz, em tom crítico.

No lugar da fiscalização, o ex-capitão sugere “fiscais amigos do empresário”, na qual “tenha fiscalização, sim, mas nós queremos que chegue no órgão fiscalizado e a pessoa seja atendida como amiga”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário