sábado, 11 de agosto de 2018

HADDAD E O JORNALISMO CHICO XAVIER


Por Fernando Brito

Agora que a Veja está morrendo, preocupa-me que a Folha esteja assumindo o chamado “jornalismo Chico Xavier”, onde o repórter não se limita a escrever sobre fatos revelados por “fontes” – em geral personagens de segundo plano, que querem ficar “amiguinhos” de jornalistas – e passa a psicografar pensamentos dos personagens-vítimas  das histórias a serem contadas.

Nada contra o jornalismo com opinião e até com paixões confessadas – não só o pratico como acho um ato de honestidade com o leitor – mas eu não sou, confesso, capaz de saber o que Aécio Neves anda pensando com seus botões nem o que Alckmin conversa com Dona Lu.

Hoje há uma matéria sobre como Fernando Haddad “abandona perfil de professor e mergulha no PT“.

O que seria “um perfil de professor”? Não-militante? Será que a Folha aderiu ao “Escola Sem Partido”?.

E, logo em seguida, escrutina em detalhes o pensamento íntimo de Lula:

A preferência não era por ele. Nunca foi. Luiz Inácio Lula da Silva queria que Jaques Wagner assumisse seu lugar de candidato do PT ao Planalto quando a Justiça Eleitoral o declarasse inelegível.

Sinceramente, é algo de fazer inveja a diagnóstico de analista.

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