Por Fernando Brito
Do jornalista, editor e crítico cinematográfico André
Forastieri, no Poder
360:
Os especialistas em eleições não assistem TV aberta. Não
frequentam terminal de ônibus. Não batem papo com o Claudião do posto e a
Marcinha da padoca.
No começo do ano o discurso era “a economia vai melhorar e
com isso um candidato reformista, que dê continuidade ao governo Temer, terá
grande chance de emplacar”.
Incontáveis matérias com a palavra “retomada” no título. O
mercado financeiro celebrava. Mas era só sair na rua, longe dos guetos dos
ricaços, para ver o aumento das placas de “Aluga-se”.
Foi muita pesquisa, muita estatística, muita teoria. E pouco
pé no chão, pouca sola de sapato gasta. Por isso os experts, inclusive alguns
cardeais da imprensa, erram tanto.
A retomada não veio, a pauta de Temer foi rejeitada. O
próprio FHC disse com todas as palavras: “Quem for o candidato do mercado vai
perder”.
Em uma única coisa os experts acertaram, inicialmente: o
eleitor em 2018 quer o novo.
Mas depois voltaram atrás. Quando Luciano Huck, Joaquim
Barbosa e gente como Amoêdo não decolaram, o consenso foi que a eleição ficaria
entre os velhos, a polarização habitual, mais do mesmo.
Pois bem: em 2018, o novo são Haddad e Manuela. Porque
parecem o novo.
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