Por Wilson Ferreira
Em 72 horas os maiores investimentos semiótico-ideológicos
da grande mídia foram desconstruídos: Sérgio Moro e Neymar Jr. O primeiro caiu
na armadilha do habeas corpus que supostamente iria soltar Lula. E o segundo,
na arapuca tautista midiática que fez o jogador acreditar que era intocável,
até a viralização do mote “cai-cai” em vídeos pelo mundo eliminá-lo junto com a
Seleção. Duas bombas semióticas: uma intencional (o objetivo não era soltar
Lula, mas criar um fato político para o mundo) e outra involuntária (efeito da
blindagem tautista da mídia e mercado publicitário). Al Pacino fazendo o papel
do próprio demônio em “O Advogado do Diabo” tinha razão: “a vaidade é meu
pecado favorito...”. A vaidade dos juízes e do jogador deixou-os cegos. A mídia
sentiu o golpe: enquanto o Fantástico teve que se desfazer de Neymar (“hoje não
se tolera mais ludibriar o juiz”, fuzilou Tadeu Schmidt), Globo News começou a
falar em “instabilidade jurídica” e “politização do Judiciário”. Bombas
semióticas perfeitas que produzem efeitos fatais: detonação, letalidade,
impasse midiático e dissonância cognitiva. CONTINUE LENDO
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