Por
Fernando Brito
Cedo
ou tarde o que é falso se desmancha.
Mesmo
com toda a rede de proteção judicial que o envolve – e que, quando não o
blinda, reduz os efeitos das flagrantes situações de irregularidades em que se
envolve – Aécio Neves está, inapelavelmente, reduzido a nada.
O
Globo publica hoje que ele desistiu de uma candidatura ao Senado na qual teria
de se apresentar diretamente ao eleitor e que respingaria tragicamente sobre
sua antiga criatura, Antonio Anastasia, já “empurrado” a candidatar-se a
governador pelo desastre aecista.
Quem
imaginaria, quatro anos atrás, que o “campeão moral” da eleição presidencial,
que chegou a abrir suas champanhotas duante a apuração dos votos no segundo
turno estivesse reduzido a isso?
Os
farsantes, na política, têm o prazo de validade determinado.
Aécio
Não é o único.
Em
tempo mais curto e sem as gravações explícitas do mineiro, também João Doria
Jr, em São Paulo, experimenta pisar as fronteiras do desprezo público.
Passaram-se
menos de dois anos do triunfo histórico de ter sido o vencedor, pela primeira
vez, das eleições paulistanas em 1° turno, consegue a “proeza” de estar em
empate técnico com uma nulidade como Paulo Skaf, mesmo com a carga negativa que
tem ser o candidato do “partido do Temer”.
Agora,
depois de tantas traições a seu criador, Geraldo Alckmin, ninguém se espante
que o “chuchu” dê a ele apenas o tratamento protocolar de candidato.
Aécio
e Dória são dois farsantes que se atiraram de cabeça no golpismo eleitoral e,
não por outra coisa, receberam doses generosas de simpatias fotográficas de
Sérgio Moro.
Isto
talvez seja a única atitude sincera de ambos: prestar reverência àquele
que os inspira.
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