segunda-feira, 18 de junho de 2018

O UFANISMO TOSCO DE GALVÃO E SUA TRUPE


Por Pedro Breier
Tive o desprazer de assistir na Globo à estreia da seleção brasileira na Copa, ontem.
Há que se estar muito tranquilo para não se irritar com o ufanismo tosco do Galvão Bueno e sua trupe – o Casagrande ainda se salva naquele oceano de mediocridade.
Tudo bem o narrador e os comentaristas torcerem abertamente para o Brasil. O problema é quando a torcida deturpa completamente a já naturalmente combalida capacidade de análise dos cabras.
Logo no início do jogo, Neymar segurou a bola, de costas para o marcador, no entorno do meio-campo, chamando a falta até sofrê-la. Imediatamente, Galvão e Arnaldo Cezar Coelho desataram a falar que o árbitro deveria tomar cuidado com o autor da falta, porque ele bateria bastante e seria… provocador!
Ora, no quesito provocação são poucos os jogadores no mundo que chegam aos pés de Neymar. O camisa 10 do Brasil usa, manifestamente, a provocação – segurar a bola muito além do tempo necessário, passar o pé por cima dela, fazer firulas, etc. – como arma para afetar o psicológico dos adversários.
E aqui não estou fazendo qualquer juízo moral; é uma estratégia válida e que muitas vezes dá certo, apesar de não ser raro Neymar passar do ponto e acabar prejudicando o próprio time ao ser fominha demais.
O trio Galvão, Arnaldo e Ronaldo (este tece comentários que ou são platitudes ou puro nonsense), com seu patriotismo afetado e insano, pintam um quadro em que Neymar é um coitado que apanha de graça dos adversários. Surreal.
Nos lances polêmicos não há, nunca, qualquer dúvida: o juiz sempre erra contra o Brasil.
Se os juízes marcassem falta a cada empurrão como o que antecedeu o gol da Suíça, nenhuma jogada aérea seria concluída.
O lance em que Gabriel Jesus é agarrado dentro da área é um pouco mais duvidoso, mas é evidente que Jesus deu um belo mergulho para tentar cavar o pênalti. Eu não marcaria. Para Galvão e companhia, se é a favor do Brasil, lógico que é pênalti.
A Globo, representante mor dos interesses do imperialismo no Brasil, se apresenta como super patriótica no futebol, onde o patriotismo é inócuo e ainda piora a já sofrível transmissão dos jogos.
Nas áreas em que um certo patriotismo cai muito bem, como na defesa da soberania nacional e da Petrobras, a Globo vomita entreguismo e subserviência.
Patriotismo bom é somente aquele que serve aos interesses econômicos e políticos dos Marinho

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