sábado, 17 de março de 2018

​“MARIELLE, PRESENTE”: A CAUSA RADICAL E SUA APROPRIAÇÃO PELA MÍDIA


Por Sylvia Debossan Moretzsohn
É um vídeo forte, poderoso, cortante: sobre a imagem noturna e estática do temporal na cidade, as vozes se sobrepõem para falar que o Rio de Janeiro CHORAVA com a notícia de “mais uma mulher ASSASSINADA”; porém, “não apenas uma MULHER”, “mas uma mulher NEGRA”, “uma MILITANTE”, que movia estruturas e foi “EXECUTADA a sangue frio”, e apela: “GENTE, PAREM DE MATAR GENTE, esse assunto é URGENTE. MARIELLE, PRESENTE”.

O vídeo original termina assim. Mas, ao final do Jornal Nacional do dia seguinte à execução da vereadora Marielle Franco, do PSOL, numa ação que vitimou também seu motorista, Anderson Pedro Gomes, esse vídeo foi exibido com o acréscimo deste texto: “Esta homenagem a Marielle Franco foi feita por Ana de Cesaro e circulou na internet. Agora está sendo mostrada para todo o Brasil. Para que seja uma homenagem e também um alerta. Tudo começa pelo respeito. À vida”.

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