Por Altamiro Borges
Na eleição presidencial de 1989, a primeira após a
redemocratização do país, a direita nativa ficou meio perdida. Ela só estava
unida no intento de derrotar o operário Luiz Inácio Lula da Silva, da coligação
PT-PSB-PCdoB, mas não sabia qual dos postulantes reunia as melhores condições
para isto. Expressão desta confusão ficou evidente na cobertura manipulada da
Rede Globo – a emissora do golpe e da ditadura militar. Num primeiro momento,
ela apoiou Aureliano Chaves, o vice-presidente do general João Batista
Figueiredo. Com o seu fiasco, ela se bandeou para a candidatura do empresário
Afif Domingos, que também não vingou. No desespero, a famiglia Marinho até
cogitou apoiar Mário Covas, mas só após este divulgar o manifesto “choque de
capitalismo”. No final, sem alternativas, ela apoiou o outsider Collor de
Mello, apesar das desavenças entre os dois barões da mídia.
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