Por Tereza Cruvinel
O "grande acordão" teve ontem mais uma etapa
implementada. O julgamento recursal do ex-presidente Lula escancarou a extensão
da aliança do Judiciário com as outras forças do projeto golpista-conservador,
mostrando que ela é orgânica e vai muito além de Sergio Moro e da força-tarefa
da Lava Jato. Mas foi com a unanimidade na condenação e com a adesão
dos outros dois desembargadores ao aumento de pena fixado pelo relator Gebran
Neto que a oitava turma do TRF-4 dobrou o joelho esquerdo numa reverência,
mostrando o jogo combinado. Com estas duas medidas privaram Lula dos recursos
infringentes, encurtando o caminho para seu enquadramento na Lei da Ficha
Limpa, e também para a sua prisão. O propósito final não foi apenas o de
inabilitar Lula mas também o de impedir que, mesmo fora da disputa, ele se tornasse o grande eleitor,
transferindo votos para outro nome do campo progressistas. Preso, estará fora
da campanha, estará banido.
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