Por Fernando Brito
Esta história da criação de uma nova alíquota do Imposto de
Renda é mera cortina de fumaça, mas daquelas que, de tão rala, vai embora com
um simples sopro.
Seria, até, o mais justo a fazer, porque é imposto direto,
que só incide sobre os que tiverem maior renda, ao contrário da maioria dos
nossos tributos, regressivos, que acabam sendo suportados pelos mais pobres. E
uma alíquota de 30 ou 35% ainda nos deixaria em patamares de tributação de
altos ganhos muito abaixo dos verificados na quase totalidade dos países.
É desnecessário dizer que, justamente por isso, não há
hipótese de um aumento de alíquota assim ser aprovado no Congresso, embora
fosse produzir efeito prático sobre muito poucas pessoa: como a tabela de
alíquotas é progressiva, na verdade a alíquota de 30 ou 35% só incidiria na
parcela que excedesse os 30 salários mínimos mensais, após deduções legais.
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