terça-feira, 4 de julho de 2017

VALE A PENA LER DE NOVO

O "aviso elétrico" ao orador

Eleições municipais de 1976, época do bipartidarismo, MDB e Arena apresentaram chapa completa – 45 candidatos, para Câmara de Vereadores.
Em que pese a realização de comícios diários, a escalação dos oradores se transformava em verdadeira guerra, pois todos queriam fazer uso da palavra.
Mesmo com a fixação do tempo, geralmente dos minutos, os coordenadores eram obrigados a cortar  brusca e rapidamente o som como forma de alertar o indisciplinado orador.
Candidato com base no Campo Limpo (com expressivos 410 votos na época),  José Costa Mota não atendeu o apelo de (“tá bom Mota, tá bom)” e terminou acontecendo o pior.
Estranhamente o microfone começou a apresentar problema técnico, dando seguidos choques  e a cada choque um pinote do orador. 
Mota resolveu proclamar sua ira contra o suposto “aviso elétrico” e agarrado ao microfone disse com voz trêmula:
- Vão me matar, mas eu não largo!...                                         

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