domingo, 16 de julho de 2017

O PODER ILEGÍTIMO LEVA A PODER ALGUM

Por Fernando Brito

O jornalista espanhol Tom Avedaño, em artigo publicado ontem à noite na edição brasileira do El País, diz que o Brasil é um país “em que os juízes tomaram o poder“.

A economia está em crise, a política gira em torno dos tribunais e o povo perdeu a esperança de que tudo fique melhor quando todos os culpados estiverem na cadeia. “A nova e definitiva era é de substituição de pessoas pelas instituições. Salvação, sim, sem salvadores”, afirma Ayres Britto, que foi juiz do Supremo Tribunal nomeado por Lula entre 2003 e 2012. Um futuro com a classe política atrás das grades, e que deixa a dúvida sobre quem liderará o país.

A “restauração da moralidade” – a pública, porque a privada segue ganhando imoralmente com a pobreza geral – que engana alguns trouxas, de fato, nos levou a esta estranha “democracia togada”, onde uma camada de “meritocratas” se substituiu ao povo na decisão de quem deve governar e, até, quem pode pretender governar pela via do voto.

 Moralidade, aliás, de uma casta que, alegremente, se autoconcede vantagens irrazoáveis e, várias delas, absolutamente imorais e vive, ao contrário do povo brasileiro, na fartura de quem – nas palavras do ex-presidente do Tribunal de Justiça de SP – vai a Miami comprar ternos.


Agora, o poder judicial volta-se para o processo eleitoral o qual, no fundo, desejaria abolir, o que faz na prática, ao pretender dirigi-lo. MAIS

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