segunda-feira, 10 de julho de 2017

ESPIRITISMO, MARXISMO E PSICANÁLISE – E A COMPLEXIDADE DO REAL

Por Dora Incontri

Três modelos teóricos de interpretação de mundo, de visão do ser humano e de ação prática nasceram no século XIX. Os três se autodenominavam científicos. Os três pretendiam desvendar aspectos de certa maneira até então desconhecidos ou desconsiderados, que melhor explicariam o comportamento humano, individual e coletivamente.
E as três correntes ainda hoje não são consideradas científicas pela ortodoxia da ciência, dita mainstream. Mas o marxismo e a psicanálise pelo menos têm espaços largos em universidades e inúmeros pesquisadores e intelectuais desdobraram seus pressupostos; já o espiritismo, por mexer com paradigmas talvez mais cristalizados, com preconceitos muito arraigados e, sobretudo, por ferir interesses muito estabelecidos (ao mesmo tempo do materialismo e das religiões institucionais, com seus mistérios), e também talvez por ter se popularizado como uma forma de religião –  é o que mais sofre ostracismo e silenciamento – apesar de ser talvez das três propostas, a que coleciona maior número de evidências de pesquisa, que corroboram seu modelo explicativo.

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