Por Fernando Brito
Há coisa mais indecorosa que a reunião do tucanato, hoje,
para decidir que abandonará o governo Michel Temer amanhã, depois de aprovada a
reforma trabalhista?
A reunião do comando do PSDB, hoje, depois de conhecido o
relatório da Comissão de Constituição e Justiça, é das coisas mais imorais que
já vi na política brasileira.
É, na política, o “toco y me voy” do futebol, de quem quer
receber a bola lá na frente, sem o ônus de ser o responsável pela “jogada”.
É evidente que isso é uma desculpa deslavada, pois os votos
dos parlamentares tucanos não deveriam depender de estarem ou não no governo.
A razão, evidente, é que os senadores do PMDB refugariam da
missão antipopular se soubessem que o Governo Temer – inclusive pelo abandono
tucano – tem a sobrevivência contada em dias?
Será que os peemedebistas “temeristas” vão prestar este
favor, “grátis”, ao PSDB , para serem apunhalados no dia seguinte?
Há um cheiro de traição mútua nas votações do Congresso.
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