Por Fernando Brito
Quando veio à tona a gravação do ex-senador Sérgio Machado
dizendo a Romero Jucá que “o primeiro a ser comido” seria Aécio Neves, muitos
não percebemos que ali estava uma profecia.
Procure-se nela uma razão para a aparente incongruência do
noivado tucano com o afundante Temer e se encontrarão razões do PSDB como as
que Andrei Meireles, no site Os Divergentes, expõe, sem meias-palavras:
“Sempre souberam que jogar Michel Temer ao mar afogava antes
Aécio Neves.
É aí que mora o perigo para o ninho inteiro.
Aécio não é apenas o político simpático, bem articulado, bom
de voto, que quase se elegeu presidente da República.
Nas delações da Odebrecht, de outros grandes empreiteiros, e
dos donos da Friboi, Aécio é descrito com apetite voraz por dinheiro. Muito
dinheiro.
Como quem parte e reparte, deve ter ficado com alguma parte.
Mas, em um raro consenso entre políticos e investigadores,
Aécio é identificado como um grande arrecadador para campanhas de aliados em
Minas Gerais e no país afora. Nas mais variadas eleições.
Em todos os caixas: 1, 2, 3….
Acuado, ele agora está cobrando a conta. Quem, na reunião em
que o PSDB bateu o martelo do “fico” no governo Temer, poderia atirar alguma
pedra?
Os tucanos tentaram jogá-la com a mão alheia da Justiça
Eleitoral.
Não deu certo.
Simples assim.”
Tristemente, vê-se que as palavras de uma outra gravação,
esta na voz do próprio playgangster, não pode ser levadas à conta de simples
piada: “tem que ser um que a gente manda matar antes de ele fazer a delação“.
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