terça-feira, 13 de junho de 2017

O PMDB, A CHINA E O FUTEBOL. POR HAYLE GADELHA

Por Fernando Brito

A palavra “China”, em chinês, é zhōngguó e quer basicamente dizer “terra do meio” ou “terra do equilíbrio”, onde zhōng quer dizer “meio” ou “equilíbrio”.

Era isso que o PMDB, oportunisticamente, procurou ser nos últimos anos na política brasileira.

Digo oportunisticamente porque não procurava o poder direto, mas, sim, o indireto, através de aliança com cada partido vencedor em eleições diretas para a Presidência da República.

O PMDB sempre garantiu a maioria para os governos dentro da Câmara e do Senado. Os “agrados” que recebia acabavam agradando a todos, dentro desse sistema alimentado nos seus fundamentos por uma legislação eleitoral construída em torno do financiamento privado de campanhas e em votação nominal (ao invés do voto em lista).

Isso caminhou razoavelmente bem até que Dilma começou a achar que esse “equilíbrio” estava indo longe demais.

O resultado foi que o PMDB decidiu largar o meio de campo para tornar-se centroavante, trocando passes com os tucanos que avançavam pela direita.

Foi um resultado desastroso, totalmente desequilibrado. Os tucanos não querem o papel auxiliar, secundário. Quiseram assumir o comando e correr para o ataque, em busca do gol financeiro. Acabaram se dando mal, com seu  principal jogador tropeçando no excesso de poeira da pequena área.

O PMDB, sem pai nem mãe, meteu os pés pelas mãos. Os juízes, acostumados a fazer vista grossa para algumas faltas, não sabem mais o que fazer com os apitos.

Enquanto isso o PT e toda a esquerda voltam a ser mais aplaudidos pela torcida, mesmo sem receber e ainda  com a ameaça de que seu craque seja expulso do jogo na hora em que está chegando na cara do gol.

Enquanto a galera grita: zhíjiē xuǎnjǔ xiànzài! (Diretas Já!) 

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