Por Fernando Brito
A direita brasileira está batendo cabeça.
O “Partido da Mídia”, sua força dominante desde o final da
década passada, quer a queda de Temer. Ou melhor, seu polo dominante, a Globo,
o quer, embora a Folha e o Estadão ainda estejam renitente.
Já o Partido dos Justiceiros empurra cada vez com mais força
pela derrocada do Governo.
E sabe que, para ter chance de provocar uma debandada que
faça Michel Temer não conseguir os 172 votos que lhe permitam barrar a ação que
pode torná-lo réu por corrupção passiva, obstrução da Justiça e formação de
organização criminosa, é tirar o PSDB do Governo.
O missionário judicial Deltan Dallagnol atropela Janot e o
STF e decide, pelo Twitter, que “a solução é prender Aécio”.
E o PSDB, agarrado ao governo e à esperança de que o PMDB,
com sua máquina e tempo de televisão, o apoie em 2018, vai empurrando com a
barriga o “desembarca-não desembarca” do Governo.
E, por isso, apanha hoje que nem boi ladrão (com o perdão de
Joesley Batista) na mídia.
Merval Pereira, no rádio, já deu seu veredito:
“O que se vê na sociedade é a busca de um canal que expresse
a vontade do novo, de mudança e o PSDB poderia ser este canal, desde que se
livrasse de seu passado que está sendo exposto e ficasse à frente dessa
campanha. Mas na tentativa de se equilibrar junto do governo Temer, pensando
num apoio eventual ao seu candidato em 2018 e em preservar o seu presidente
afastado, acaba se perdendo nessa barafunda partidária brasileira e não
apresenta alternativa à sociedade”.
Ricardo Noblat, menos sutil, roga a praga: Sangra, PSDB!
Você merece…
Até Lauro Jardim aparece com uma pesquisa que diz que 76%
dos eleitores do PSDB querem partido fora do governo.
O partido da massa cheirosa está com um cheirinho de fazer
sua turma torcer o nariz.
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