Por Fernando Brito
É difícil fugir das metáforas fáceis, tanto que elas saem do
campo da imaginação e se desenham, cruas, na realidade.
Pois não é que depois de um ano de festas no castelo, e já
com os camponeses aos portões, com seus archotes, os tucanos assumem,
definitivamente, a condição de noivas de Drácula, marcado o casamento para o
cada vez mais próximo 2018?
De nada adiantaram as uivantes lembranças do destino de
Ulysses Guimarães.
A carga genética que os tucanos trouxeram de sua dissidência
de há 30 anos atrás os chamou de volta ao tenebroso lar peemedebista do qual
fugiram quando Sarney assombrava o palácio.
Verdade que não foram só os amplos aposentos que lhes
franquearam no planalto da Transilvânia.
Também lhes calou fundo a ameaça de profanar-se o cadáver político de Aécio
Neves e que se lhe vissem parte ou todas as entranhas.
Melhor assim, com ele condenado a seguir como morto-vivo,
escondido em sua cripta, coberto apenas pelo pó dos séculos.
Porque, afinal, os nossos mortos-vivos são sempre muito vivos.
O PSDB traçou o seu destino, que é ser o PMDB do amanhã,
carregando a maldição adiante e, de novo, deixando o espaço da direita aberto
para um novo e babujante Collor.
2018, se chegarmos lá, fica cada vez mais parecido com 1989.
Com a diferença que, no lugar da Globo e de suas edições criminosas para nos privar do
crucifixo e do alho que nos barrassem a besta, estão a Justiça dos principais
da vila, o Dr. Moro e as sentenças pelas
quais o conde e suas noivas tanto anseiam.
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