Por Fernando Brito
A capa de Veja, como não poderia
deixar de ser quando se fala na mais abjeta publicação brasileira, embarca no
“chororô” da hipocrisia por Marisa
Letícia, mulher de Lula morta no início deste ano, sabe-se o quanto por
influência da perseguição que, ela à frente de toda a mídia, fazia contra o
ex-presidente e sua família.
Seus passos foram seguidos, sua vida
vasculhada, suas compras pessoais passadas por “pente fino”, com “direito” a
fuçar portarias, padarias, lojas e tudo o quanto se imaginem.
Tal como os hipócritas do Ministério
Público, que a mencionaram 159 vezes na denúncia e recusaram-se a, depois de
sua morte, conceder-lhe a absolvição prevista em lei, a Veja agora acha que
aquela a quem chamava jocosamente de “madame”, agora é uma memória que está
sendo vilipendiada por Lula.
Claro que, como boa hiena, a Veja não
ia faltar ao uso dos despojos da ex-primeira dama.
Marisa Letícia é vítima, sim, mas não
de Lula, com quem viveu por décadas e por ser sua mulher sofrer as
consequências da perseguição que lhe movem, que transformou em um inferno os
anos finais de sua vida, quando a idade já lhe dava o direito à paz, à família
e ao descanso.
O caso de Veja não é de “ley de
medios”. É de um bom tapa na cara, mesmo.
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