Por Fernando Brito
O jantar marcado para esta noite no Palácio da Alvorada,
para tentar mostrar o apoio do líderes governistas a Michel Temer foi
cancelado.
Não há mais o que ser servido aos sempre vorazes comensais
do golpe.
A reforma trabalhista queimou ainda no forno e a
previdenciária, o prato principal, estragou ainda nos temperos.
A batata de Temer assou e ele agora é um prato vazio e sujo,
que despudoradamente oferece-se para ser
lambido nas últimas migalhas.
Desta vez, ao contrário do que ocorreu naquela churrascaria
quando da trapalhada da Carne Fraca, o que menos despertava o apetite era a
carne.
Porque Temer foi trinchado, fatiado e descarnado por sua
própria cupidez e, perdoem a rima, estupidez.
Se ele não fosse tão mau poeta, serviriam-lhe os versos de
um bom, um ótimo, o Cartola:
E hoje quando eu passo
A gurizada pasma
Horrorizada como quem
Vê um fantasma
E um esqueleto humano assim vai
Cambaleando quase cai, não cai
Cambaleando quase cai, não cai
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