Por Fernando Brito
Meia hora de gravação, feita no dia 24 de março, no Hotel
Unique, em São Paulo, são o epitáfio de Aécio Neves na cena politica
brasileira.
O Globo narra os detalhes:
“Joesley pergunta como poderia fazer a entrega das malas com
os valores. “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você
mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, propôs o
empresário”
Aécio foge do flagrante pessoal, mas a gravação o entrega,
inclusive com uma ameaça de assassinato:
O senador respondeu: “Tem que ser um que a gente mata ele
antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred
com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda
do caralho”
Frederico Pacheco de Medeiros, ex-diretor da Cemig, nomeado
por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014 foi
filmado em uma das quatro entregas de R$ 500 mil.
O dinheiro foi entregue a Mendherson Souza Lima, secretário
parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) que o transportou para Belo
Horizonte. Daí, para a conta da Tapera Participações Empreendimentos
Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella.
Cumpre-se a profecia de Aécio Neves, feita na gravação: “tem
que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”.
Aécio não precisa de delação.
COMENTÁRIOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário