Por Fernando Brito · 25/12/2016
Com toda a razão, ficamos todos emocionados quando jogadores
de futebol da Chapecoense perderam a vida na queda de seu avião na Colômbia.
Mas é inexplicável que, na cobertura de um acidente
semelhante, no Mar Negro, tenha-se de ler quatro parágrafos da Folha antes de saber que os “militares” que o
“avião militar” russo que despencou na decolagem eram de algo descrito como”
Alexandrov Ensemble, banda militar que iria participar das celebrações de fim
de ano na base russa”.
Não é uma banda, é um coral e um grupo de bailarinos.
E não ia “participar das celebrações de fim de ano na base
russa”, mas iria para Aleppo, fazer parte dos festejos da libertação da cidade
síria de grupos fanáticos.
Era um bando de meganhas truculentos, não é?
Ledo engano.
Olhe no vídeo e veja o que era a Alexandrov Ensemble, a tal
“banda militar”.
Um pequeno exemplo da guerra ideológica que a burrice teima
em não encerrar.
Assista a um dos espetáculos dos “ferozes comunistas” que
morreram hoje no acidente e tente imaginar como, se não fossem russos, todos
estariam lamentando a morte de gente da arte, da boa vontade, da alegria.
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