Por Fernando Brito
Uma observação rápida, só pelo que aprendi na vida.
Vejam e escutem o cidadão que depõe na condição de
informante – porque a prova de sua parcialidade o invalidou como testemunha –
no julgamento de Dilma, o procurador de contas do TCU Júlio Marcelo de
Oliveira.
Os maneirismos, o tom de voz melífluo, a falsidade que
poreja de sua imagem, já isso bastaria para desqualificar tudo o que diz.
Num juízo digno desse nome, já teria sido advertido pelo
juiz a responder às perguntas, mas a leniência de Ricardo Lewandowski, muito
preocupado em já ter-lhe reduzido de testemunha a informante, por suspeição,
deixá-lo fazer até cândidas e cínicas declarações de voto anteriores em Dilma.
Aliás, a maioria dos juízes com quem já tive de lidar, já o
teria agradecido e mandado embora, por não ter informações, apenas opiniões a
dar.
Francamente, não dá para imaginar alguém comprando um fusca
usado do senhor Júlio Marcelo.
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