quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O DOÇURA DO CINISMO

Por Fernando Brito

Uma observação rápida, só pelo que aprendi na vida.
Vejam e escutem o cidadão que depõe na condição de informante – porque a prova de sua parcialidade o invalidou como testemunha – no julgamento de Dilma, o procurador de contas do TCU Júlio Marcelo de Oliveira.
Os maneirismos, o tom de voz melífluo, a falsidade que poreja de sua imagem, já isso bastaria para desqualificar tudo o que diz.
Num juízo digno desse nome, já teria sido advertido pelo juiz a responder às perguntas, mas a leniência de Ricardo Lewandowski, muito preocupado em já ter-lhe reduzido de testemunha a informante, por suspeição, deixá-lo fazer até cândidas e cínicas declarações de voto anteriores em Dilma.
Aliás, a maioria dos juízes com quem já tive de lidar, já o teria agradecido e mandado embora, por não ter informações, apenas opiniões a dar.
Francamente, não dá para imaginar alguém comprando um fusca usado do senhor Júlio Marcelo.



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