Por Fábio de Oliveira Ribeiro
Lula só pode ser um criminoso. Ele nasceu pobre e não teve
uma educação formal sofisticada. Mesmo não preenchendo os requisitos
tradicionais familiares, econômicos, educacionais e sociais para ser um líder
Lula conseguiu se elevar de operário a sindicalista e de sindicalista a
fundador e principal líder de um partido político. Ele foi eleito deputado
federal constituinte e, algumas décadas depois, se tornou o primeiro
ex-operário a ocupar a presidência da república.
O crime de Lula é evidente. Contra todas as expectativas ele
fez aquilo que a maioria dos advogados, promotores e juízes não conseguiram e
não conseguirão fazer: Lula saiu do anonimato para se transformar num símbolo
nacional e internacional da luta por justiça social e da erradicação da fome.
A fome de justiça de Lula é um crime extremamente grave. Se
tivesse ficado de cabeça baixa, ele não despertaria o ódio dos juízes
frustrados que julgam processos e não conseguem ser amados pelos cidadãos. Se
não tivesse chegado onde chegou, Lula certamente teria evitado a inveja dos
promotores que se julgam mal remunerados quando comparam seus salários aos
rendimentos de um ex-presidente regiamente pago para dar palestras.
Lula é sem dúvida alguma um homem extremamente periculoso.
Ele se transformou no exemplo bem sucedido que não pode ser imitado pelos seus
iguais. Ele é o operário que merece ser humilhado dentro da fábrica e espancado
na rua quando entra em greve. Ele é o índio que não foi posto em fuga pelo dono
do arcabuz que deseja cercar a terra. O negro que se desviou do chicote e se
recusou a chicotear os outros negros. O colono pobre que rejeitou a vida vil de
agregado submisso. Ele, o paradigma inexistente na história brasileira. CONTINUE LENDO
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