Por Fernando Brito
Ontem à tarde, postei aqui algumas reflexões sobre a crise
provocada pelos preços do petróleo e a advertência de que havia gente “se
aproveitando disso para ver se convence os trouxas de que o petróleo não é mais
o “ouro negro” e consegue que o entreguemos de mão-beijada”.
Não deu tempo nem de esfriar: O Globo sai hoje com um editorial dizendo que “o pré-sal pode ser um patrimônio inútil”.
Com o petróleo barato e os altos custos da extração no
pré-sal (uma mentira, que tenta confundir o volume de investimento – alto – com
o custo de produção, baixo, pela quantidade de petróleo que gera, com médias
perto de 30 mil barris diários) para concluir que “foi erro crasso do
lulopetismo, movido a ideologia, suspender por cinco anos os leilões, a fim de
instituir o modelo de partilha no pré-sal, com alta intervenção do Estado”.
Perdemos, porque deixamos de atrair, bilhões de dólares,
dizem.
Das duas, uma: ou O Globo nos crê burros por não entregarmos
por uns poucos bilhões aquilo que vale trilhões ou crê que as multinacionais do
petróleo são mais asininas ainda, porque pagariam bilhões por um “patrimônio
inútil”.
Não há nada de novo entre os vendilhões do Brasil.
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